28 de agosto de 2007

DE VOLTA AO TRABALHO

É isso aí mesmo! Estou trabalhando.
Sexta passada (quando completei um mês fora do Brasil) fui a uma entrevista de trabalho em um hotel aqui em Montreal. Como nunca trabalhei aqui, fui disposta a pegar a primeira coisa que aparecesse (desde que não fosse ilegal hehehe). O cargo? Mini-bar attendant. O que é isso? Eu explico...
Trabalho meio peão.... Eu tenho que empurrar um carrinho de metal super pesado, entrar de quarto em quarto (são 222!!), deixar uma garrafa d’água, marcar o que foi consumido do frigobar e repor. Basicamente é isso. Mais nada. O serviço é bico, mas o problema é empurrar aquele carrinho. Carrão, eu dira.

(Meu “escritório” atual...)

Duas faculdades, né? Hehehe Tudo isso cai por terra quando vc tem que recomeçar. Como me sinto? Feliz, pois já estou trabalhando. Acho que as coisas têm acontecido muito rápido para mim. Poxa, um emprego em menos de um mês no Canadá? No Brasil ainda estaria procurando, tenho certeza. Tá, não é um emprego dos sonhos, mas tenho que começar de algum jeito. Além disso, é muito bom estar em contato com outras pessoas. O pessoal do hotel é muito bacana. Peões como eu são basicamente imigrantes. Mexicanos (muitos), indianos, italianos e a brasileira que vos fala. As pessoas são bem gentis.
De qualquer forma continuo na busca de um emprego melhor. Mas pelo menos já entra uma graninha, né? Não cobre meus gastos, mas ajuda muito.
Fico tão podre que não agüento fazer mais nada.
(Meu futuro “escritório”... Quem sabe, né?)

Além disso, quando saio do trabalho vou direto limpar o apartamento. O MEU! Consegui um canto muito bom para mim, mas como esteve abandonado por cinco anos está muito sujo. Sabem como sou com limpeza, né? Vai levar anos para acabar. Hahaha Fico um bagaço no final do dia. Mas quando o apartamento estiver limpo e eu puder me mudar as coisas ficarão mais fáceis, pois agora estou morando muito longe do centro. Tenho que caminhar uns três ou quatro quarteiroes para chegar no ponto de ônibus. Depois são mais 25 minutos de ônibus até chegar no metrô. Mais um tanto de metrô e mais um ônibus. Pronto, cheguei no trabalho. Uma hora e quarenta minutos depois. E em um cidade pequena como Montreal. Depois que me mudar terei ônibus na porta e estação de metrô a três quarteirões. Bem melhor. Não vejo a hora!
(Pronta para fazer faxina... Esssas lojas de um dólar salvam uma vida!)

As coisas têm-se ajeitado até que rápido por aqui e estou bem contente. Espero logo conseguir um trabalho menos braçal. E que me paguem mais.

Mudando de assunto..... Como tenho corrido atrás de várias coisas, não tem dado muito tempo para entrar na internet por enquanto. Estou com vários e-mails para responder. Talvez leve algum tempinho, mas não esqueci não, viu! Prometo que vou colocar tudo em ordem.

Um grande beijo a todos. Inté!

P.S.: Muito obrigada àqueles que têm entrado aqui e no fotolog. As mensagens de vcs têm me ajudado bastante e me fazem querer escrever sempre.

24 de agosto de 2007

UM MÊS LONGE DO BRASIL

E o que aprendemos?

Que o nosso lar é sempre o nosso lar
Que a família é muito importante e faz muita falta
Que é muito ruim quando os amigos estão longe
Que a internet ajuda e muito, mas não substitui um abraço
Que a telefonia no Brasil é muito cara
Que a vida continua e ninguém parou por sua causa
Que só entende quem passa ou já passou por isso
Que algumas pessoas não estão nem aí se vc precisa desabafar. Elas não querem ninguém amolando
Que muitas outras que vc nem imaginava vão fazer a diferença
Que muitos – por outro lado - estão, sim, preocupados com vc
Que aquele (a) que vc nem imaginava vai ser o maior ombro
Que uma palavra (seja por e-mail, por scrap ou msn) tem muito valor e é sempre bem vinda
Que a língua portuguesa é rica e linda

Que alguns velhos amigos continuam velhos amigos, apesar das distância
Que a política nojenta do Brasil é ainda mais repulsiva quando vista de fora
Que a Globo ainda não faz falta
Que um mês sem celular não mata ninguém
Que o barulho de Sampa às vezes faz falta
Que Sampa faz falta, isso sim
Que faz falta ter um animal de estimação
Que o custo de vida no Brasil é alto demais
Que o clima do nosso país é maravilhoso
Que casas de cimento são melhores que as de madeiras. Vc pode jogar quanta água quiser
Que temos que controlar a saudade e o aperto no coração senão fica insustentável
Que viver com medo do crime já é uma violência em si
Que viver sem ver o Faustão é fantástico
Que a limpeza brasileira é a melhor do mundo
Que não poder beijar pai e mãe antes de dormir é uma dor terrível
Que nem sempre ficamos sabendo de tudo o que está acontecendo
Que a mentalidade do brasileiro é bem mais aberta
Enfim... Poderia ficar o dia todo aqui escrevendo...
Mas digo uma coisa: pai, mãe, irmão, família e amigos são insubstituíveis!



Inté!

22 de agosto de 2007

VIEUX MONTREAL

Mais um dia para bater perna.
Ontem tinha que levar uns currículos em alguns lugares e aproveitei para conhecer mais um pouco da cidade.
Dessa vez fui andar pelos lados de Vieux Montreal (Velha Montreal). Lindo! É como estar na Europa. Casas de tijolos, luminárias antigas, lojas de souvenir por todos os lados. A Notre Dame tenta imitar a igreja francesa de mesmo nome. Consegue um pouco, guardadas as devidas proporções.
Quando se sai do centro de Montreal – cheio de prédios – e começa a andar pelas ruazinhas estreitas e de paralelepípedos tem-se uma sensação maravilhosa. Muitos restaurantes tentam chamar a atenção - e o bolso - dos turistas que passam. Máquinas fotográficas trabalham a todo o vapor. Artistas de rua fazem caricaturas ou pinturas. Referência a Mont Martre? Pode ser.

Até a estação do metrô Square Victoria tem aquelas lumináris famosas dos metrôs de Paris, onde se lê “Metropolitain”. É como um túnel ligando a América do Norte ao velho continente. Fantástico! Indico aos turistas! Indico a todo mundo! Como sou apaixonada por esse tipo de coisa, passei horas por lá. Entrei em praticamente todas as lojas. Me apaixonei por um casaco de frio que vi, que custa “apenas” 175,00 dólares. Morri de rir dos ímãs de geladeira com piadinhas e das placas de trânsito que eles costumam vender. Queria comprar todos. Qualquer um fica insandecido dentro de uma loja dessas! Preciso de um emprego! E rápido! Aos escurecer as ruas ganham um ar romântico e nostálgico. Belo passeio!
Ainda aproveitei para andar um pouco perto do velho porto. Caminhada bem agradável, apesar do vento frio. Sim, está frio aqui. Mais frio que em São Paulo. Ontem de manhã fez 14 graus e 10 à noite! Agora (10h50 da manhà está 17).

Na volta, cheguei no metrô, mas quem disse que a porta abria? Estava trancada. Perguntei a algumas
pessoas na rua, mas ninguém sabia me explicar. Acabei andando até a próxima estação. Com os pés pedindo clemência, sentei em um banco e segui meu caminho de volta para casa.

Um beijo a todos. Inté!

P.S.: Não deixem de ver a foto que coloquei no fotolog (
www.fotolog.com/robertapedra). Essa era de verdade.

19 de agosto de 2007

CONTO DE UMA BRASILEIRA EM UM CASAMENTO DE UM ITALIANO COM UMA FRANCESA, NO CANADA (Ainda sob o efeito do álcool)

Era uma vez.....
Acorda podre, pois há duas noites dorme mal. Toma um banho e se apronta para ir ao casamento. Sim, de manhã. Passa na casa do noivo, onde encontram-se vários tipos de sanduíches e doces. Come um pouco, para ter o que fazer, pois não conhece absolutamente ninguém. Perde as contas de quantos “nice to meet you” e “piacere” disse e sai de lá conhecida como “aquela que veio do Brasil”.
O noivo vai para a igreja de moto, seguido pelos convidados.

Igreja pequena, nada de pompa. Apenas um órgão e uma solista. Padre divertido. Os noivos passam a cerimônia sentados em um banco, diante do altar. Um padrinho, uma madrinha.
Sai da igreja e vai para casa, morrendo de frio, pois o aquecimento global fez o favor de bagunçar com o clima canadense. 15 graus em pleno verão.
Descansa um pouco, coloca maquiagem para disfarçar as olheiras, troca de roupa e segue para o salão de festa duas horas depois.

Início de festa tedioso. Entre 160 pessoas, só conhece nove. Conversa com os primos e descobre que no Canadá não se dá presente de casamento, mas um envelope com dinheiro. Uns 200 dólares por pessoa (os mais próximos) e uns 150,00 os menos íntimos. Fica horrorisada e leva horas para acreditar na novidade. Decide que vai casar no Canadá e fugir com o dinheiro.

Todos optam pela garrafa de vinho tinto enquanto ela bebe quase a garrafa inteira de vinho branco italiano. Sozinha! Comida... Antepasto, massa, carne, legumes, sorvete.
Vai dançar. Se diverte muito. Finalmente o tédio se foi, dando lugar a uma festa super animada. A cabeça gira. O animador da festa fala em inglês, francês e italiano. Sim, há um tipo de coreógrafo fazendo o pessoal dançar.
Volta para a mesa para conversar mais um pouco. Tira algumas fotos.
Sente que nem saiu do Brasil, pois a festa é muito parecida, inclusive a quantidade de tarantelas tocadas. Ganha de presente (como convidada) um jogo para vinho, com saca-rolhas, rolha diferente, termômetro. Planeja colocar na sua nova casa.
Dança mais um pouco. E, para a sua surpresa, vê que uma nova mesa de comida está sendo montada. Leitão (sim, vc leu LEITÃO), pães, doces, frutas. Estupefata, decide pegar “só um docinho”. De onde vem tanta comida? E como as pessoas conseguem comer tanto? A fila para tudo isso está enorme. Onde estão os brigadeiros?

O primo oferece para pegar alguma bebida no bar. Ela mostra a garrafa de vinho quase no fim e dá risada. Nada disso evita que ele volte à mesa com um copo de vodca com suco de cramberries (sem tradução a essa altura do campeonato).
Bebe. Inteiro! Gosta. Tem certeza que o fígado vai ficar um pouco “chateado”. Um pouco depois vai embora com a sensação de estar caminhando na lua. Nem vê o caminho para casa e agradece a cada segundo por não ter de dirigir.

Acaba o dia, que começou meio revoltoso, feliz. E podre.

Um beijo. Inté!

15 de agosto de 2007

BILÍNGÜE, TRILÍNGÜE, TRAVA-LÍNGUA

Quem disse que morar em um país bilíngüe era fácil? Interessante, eu diria.
Lindo quando se escuta dizer, mas vivenciar é outra coisa. Mas basta meter as caras. É só uma questão de costume.
Se vc está pensando em inglês e francês, eu te digo mais: italiano. Sim, italiano.

Estou morando com um casal de primos italianos. E como acontece com todo bom “paesano”, a língua, a cultura e a culinária estão preservadas. Há 46 anos. Traduzindo... Canal de TV em italiano, rádio em italiano, conversas em italiano, bairro italiano. Meus primos mais novos, nasceram aqui e, como Quebecoises, falam inglês e francês também. Ou seja, três línguas diferentes. Mas o mais impressionante não é a quantidade de idiomas, mas a facilidade com que mudam de um para outro, no meio de uma frase. E isso é natural a eles.

E está começando a ficar natural para mim também. Nos primeiros dias minha cabeça travava, pois à minha esquerda tinha um falando em italiano e à direita um respondendo em inglês. Dava um nó. Ainda dá um pouquinho. Mas já estou vendo muita evolução em quinze dias. Impressionante. Muitas vezes me pego falando em inglês com alguém e pensando em italiano ao mesmo tempo. Onde fica o português com tudo isso? Sentado em lugar de honra no meu cérebro. Minha língua é sempre minha língua. Mas estou muito surpresa. O cérebro é mesmo algo fascinante.

Tirando o português, o inglês ainda é a língua mais fácil para mim. Falo italiano o dia todo e me arrisco em francês na rua.

Mas duas coisas têm me ocorrido e talvez não consiga explicar bem. Só quem passa por isso sabe o que estou dizendo.
Uma é que, às vezes, leio alguma coisa, entendo absolutamente tudo, mas tenho que parar para raciocinar antes de dizer se é italiano, português, francês ou inglês. Não sei dizer. É automático. Os neurônios me transmitem a mensagem, mas economizam tempo tentando saber que língua é. Basta que entenda. Esquisito, né? Talvez alguém aqui consiga explicar isso melhor. Mas é como se todas as línguas tivessem virado uma coisa só.

Outra é que, como ninguém fala português aqui, e muitas vezes tenho que me esforçar em italiano ou francês, quando consigo falar em inglês parece que essa é a minha língua materna. Dá um grande alívio e é como se estivesse falando português. Entenderam? Espero que sim, pois acho tudo isso muito interessante.

Bisous! Baci! Kisses! Beijos! Inté!

P.S.: HOJE É O ANIVERSÁRIO DE UMA SUPER AMIGA: KELLY! MEU, TODA A FELICIDADE DO MUNDO A VC PORQUE VC MERECE. E LEMBRE-SE: OHANA QUER DIZER FAMÍLIA... EMBORA LONGE, SEMPRE PENSO EM VC, VIU!!!!!!!

13 de agosto de 2007

DIAS MELHORES VIRAO

Pois é…. Tem dias bons e dias não tão bons.
Tive um sábado meio complicado, com uma montanha-russa de sentimentos. Primeiro sonhei com quem não queria, depois acordei super irritada. Talvez pelo calor e pelas janelas, que estão sempre fechadas.
Para não ser injusta e mal educada com ninguém, resolvi sair. Descobri pelo jornal que haveria um festival grego em um parque e lá fui eu. Sozinha mesmo.
Parc Jean Drapeau. Lindo! Fica em uma ilha e o metrô deixa a gente lá dentro. Caminhar na natureza sempre me faz bem. Gostaria de ter saído mais cedo, mas o sol escaldante não me permitiu. Adoro festivais folclóricos e gostei muito de ouvir músicas gre
gas e ver o pessoal dançar. Sempre quis ver isso no Brasil, mas nunca achei nenhum. Como disse no meu blog, e digo de novo aqui, os gregos são muito bonitos! Muito mesmo. E dançam muito bem.
Se quiserem, deixei dois videos lá no youtube:

http://br.youtube.com/watch?v=dYpRZgGaHpM
http://br.youtube.com/watch?v=v_G1FCKbUY8

E fotos lá no fotolog:
www.fotolog.com/robertapedra


(No ponto de ônibus)


Como sempre, acabei experimentando a comida deles: souvlaki. Um espeto de carne de porco. Muito bom! Ótimo para o calor, não? Hehehe

Voltei para casa, mas antes de chegar não agüentei e liguei para o Brasil. No dia seguinte seria dia dos pais, mas ouvir a voz da minha família não podia esperar nem mais um segundo. Me animei um pouco.

O domingo foi bem melhor. Almoço em família, filme no DVD. Muito bom. “O diabo veste Prada”. Indico. Me lembrou uma certa época na minha vida.
Mas hoje..... Ah, hoje.... Comecei a procurar emprego e mandar uma série de currículos. Liguei para uma vaga que tinham me chamado, mas logo veio o balde de água fria. Como teria de atender muitos telefonemas, meu francês não era suficiente. Falei com a senhora em francês por telefone (pior impossível, não) e consegui me virar bem. O problema é que o francês deles é bem diferente daquele a que estou acostumada. Sempre estudei o francês da França. E que nenhum canadense leia meu blog hoje, mas o francês deles é HORRÍVEL!!!!! Parecem uma panela de pressão falando. (tssssss, tsssss, tsss...) Hahahahaha Preciso começara estudar francês logo!
Ainda bem que mais tarde a minha prima Pina passou por aqui e ficamos conversando sobre várias coisas. Isso me distraiu bastante a cabeça. Só tenho a agradecer.
Sei que não posso desanimar diante do primeiro não, mas foi bem chato. Amanhã é outro dia. Vou sair, visitar a cidade e ir ao cinema. Sei que logo, logo estarei melhor.
Enquanto isso vou lendo o livro que a Eloá me deu: “Nunca desista de seus sonhos.”

Um beijo a todos. Inté!

11 de agosto de 2007

DESCOBRINDO A CIDADE

10 dias de Montreal e agora estou começando a conhecer um pouco mais. Ontem fui com a Lucimara andar pelo centro da cidade. Essa é a verdadeira Roberta! Urbana! Hehehe
Mochila, mapa, bússola, máquina fotográfica e mp3 player na mão e lá vou eu.
Ruas muito grandes, lojas e mais lojas, muita gente andando. Gostei muito. É disso que eu gosto: sentir a cidade. Andar muito. Andar de condução aqui é muito simples. Ônibus, metrô e um pouco de caminhada. Alguma novidade para um paulistano? A diferença é que nos pontos de ônibus vc encontra os números das linhas de ônibus que passam lá e os horários, que são britanicamente respeitados (principalmente por causa do frio).
Pelas ruas podem-se ouvir vários idiomas diferentes. Português? Ainda não ouvi. Só o da Lucimara e do André.
Controladamente entrei em uma livraria no estilo da Saraiva (Éder, onde está vc??). Consegui sair de lá em menos de uma hora. Bom, apenas porque estava acompanhada. Se estivesse sozinha é bem provável que vcs ainda me encontrassem por lá. Achei uma loja de roupas, sapatos e afins com preços ótimos. Achei camisetas por $0,99!!!!!!!!!!!!! Vale a pena. Os CDs / DVDs são bem baratos por aqui. Preciso começar a trabalhar logo!!!!!!!!! Não sou consumista, mas entretenimento é comigo. E o custo de vida aqui é bem mais baixo. Fora que pode-se montar uma casa em lojas como o Dollarama, onde tudo custa apenas um dólar (mais taxas).
Comemos em uma lanchonete bem gostosa. E como se calcula a gorjeta? Não faço a menor idéia.

Entrei também em várias lojas de souvenir. Dá para ficar louco dentro de uma dessas. Tanta coisa legal! Ok, me controlei e só comprei um chiclete e duas folhinas do Canadá para costurar na minha mochila. Mais nada!
Conversar em português me fez muito bem. Faz falta, sabe? E faz mais falta ainda poder conversar com brasileiros, pois sabem exatamente tudo o que queremos dizer. Fico contente deter esse casal de amigos por perto.
Quando voltei para casa era outra pessoa! Me sentia eu mesma.
Tentei arrumar o roteador para poder usar internet sem fio, mas até agora não deu certo. Não estou muito cômoda do jeito que estou instalada agora.
Bom, sem muitas novidades por enquanto. Semana que vem vou fazer vários mochilões. Chega de ficar em casa com as janelas fechadas! Preciso de ar!

Um beijão! Inté!

P.S.: Mais fotos no fotolog: http://www.fotolog.com/robertapedra

8 de agosto de 2007

MARASMO (Há uma semana em Montreal e há duas longe do Brasil)

Olá, pessoal! Tudo bem com vcs?
Aqui está tudo ótimo, mas como o título diz, ando um pouco entendiada, especialmente hoje.
Não posso fazer muita coisa ainda, pois tenho que acertar toda a minha documentação. Aos poucos vou fazendo aquilo que tenho que fazer. Um documento por vez.
Não andei muito por aqui. O bairro onde estou morando por enquanto é bem longe do centro.

Finalmente consegui me definir essa semana: urbanóide. E sendo uma inveterada, fica difícil me segurar dentro de casa em um bairro residencial. Não vejo a hora de poder andar por aí e conhecer tudo. Semana que vem ou ainda essa semana mesmo vou me enfiar no metrô e fazer meus mochilões. Logo arranjo um emprego, o frio vai chegar e isso não será mais tão fácil.
Tenho sentido falta de algumas coisas do Brasil e já sonhei bastante que estava lá, mas isso não é o suficiente para me fazer querer ir embora. Não mesmo!

Estar em família foi, sem dúvida, a melhor escolha. Me sinto confortada, com a cabeça ocupada e com muito apoio de todos. E são tantos primos!!!!!!! Ainda estou me habituando aos horários e à rotina deles. São bem mais velhos que eu e isso acaba fazendo a diferença.

A vida aqui parece ser bem melhor, mas queria deixar aqui o meu protesto àqueles brasileiros que saem do país e começam a meter o pau em tudo o que se refere à terra brasilis. E já ouvi vários. A vida é melhor por aqui? Sim. Existe mais respeito ao ser humano? Sim. O governo lembra de sua população? Sim. E tantas outras coisas. Mas não se pode simplesmente deixar de lado aquele país onde nasceu, cresceu, estudou e trabalhou tanto. Nenhum lugar é perfeito e respeito é bom e eu gosto. Então, por favor, não venham falar mal do Brasil para mim.

O que mais tenho sentido aqui (mais na minha família que em Montreal, propriamente) é que as pessoas acham que venho do meio do mato. Ficam me mostrando como se faz para andar de metrô como se eu nunca tivesse visto um na vida. Hehehehehe Gente, eu venho de São Paulo! A terceira maior cidade do mundo! Se consigo andar lá, consigo andar em qualquer lugar do mundo. Sou mochileira e isso já diz tudo. E vamos lembrar que me mudei, na verdade, para uma cidade menor e não o contrário.

Um beijo a todos. Inté!