27 de outubro de 2013

GRAVITY

A primeira meia hora do filme “Flight” (“O Voo” no Brasil) me fez chegar muito perto de um ataque de panico. Turbulencias sao corriqueiras, mas quando elas parecem estar fora do controle e anunciar talvez o fim de sua vida elas tomam uma outra dimensao. Sim, passei por essa situacao uma vez e devo dizer que a consciencia da morte com data e hora marcadas foi um dos momentos mais tristes por que passei nos meus 30 e poucos anos. Por isso a minha falta de ar durante o filme.

Mas a situacao foi contornada de um jeito ou de outro e todos voltaram a respirar. Me acomodei na minha poltrona e voltei a curtir o filme. Quanto ao meu voo, tudo acabou bem no final e os caminhoes de bombeiros que nos aguardavam na pista do aeroporto - uma visao que so confirmou a gravidade do problema - retornaram aos seus respetivos postos.

Anos se passaram e qual nao foi a minha surpresa em me encontrar em uma situacao similar. Nao, felizmente nao passei por mais nenhuma turbulencia muito grave, mas me encontrei na sala de cinema vendo “Gravity” (“Gravidade”). Um filme de tirar o folego – literalmente.

George Clooney e Sandra Bullock estao muito bem e passam o recado com maestria. O bom humor de Matt (Clooney) oferece momentos de alivio e nos permite respirar um pouco. Caro Robert Downey Jr, adoraria te-lo visto na mesma funcao.

Mas o filme e dela.

Gosto muito da Sandra Bullock, mas sempre a considerei uma atriz mediana. Hoje tiro o meu chapeu. Sua expressao, tom de voz, respiracao conseguem nos deixar no mesmo estado de panico em que ela se encontra. Ela nos transporta ao espaco. E tambem para dentro de nos mesmos, pois o filme nao deixa de ser uma grande metafora da propria vida. Tente achar o feto.

Minha admiracao tambem vai a producao. Visual incrivel, cameras em angulos espetaculares, audio perfeito. Finalmente um filme sem explosoes e barulhos ensurdecedores (barulhos apenas incluidos no trailer). Afinal de contas, o som nao se propaga no vacuo, nao e mesmo? Aos nossos ouvidos apenas a comunicacao entre os dois astronautas, a angustia e o vazio.

Assisti 2001 – Uma Odisseia no Espaco quando ainda era crianca e uma das cenas que mais me marcaram foi a do astronauta solto no espaco (maldito HAL!). Aquilo foi de um terror tao absoluto que nunca mais consegui tirar aquela imagem da minha cabeca. Mesmo decadas depois. E hoje e impossivel nao revisitar o fundo do meu cerebro (onde, provavelmente, os pesadelos estao guardados) e trazer a tona a mesma sensacao.

Aconselho Gravity sem sombra de duvidas!

(Clique na imagem para ver o trailer)

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Um beijo a todos. Inte!



2 Comments:

Anonymous Eder Garrido said...

O melhor filme que vi, talvez, nos últimos dois anos.

No caso de Sandra Bullock, especificamente, vejo um avanço muito grande. Também acho muito legal o fato desse momento tão bacana na vida profissional dela vir após anos de Hollywood. Me soa como uma fuga da zona de conforto. Algo que ela não precisaria fazer, pois já é rica, querida do público, e tudo aquilo que já sabemos.

Realmente admirável.

Adorei o post. ;)

13 novembro, 2013 08:20  
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