26 de setembro de 2006

DIA No 1

(Vc está em Cunha)

O despertador toca e saio da cama me arrastando. Café da manhã e pé na estrada. Sim, paulistano sofre. Dutra a 90 km/h. Pousada após pousada após pousada. Acabo ficando na que tinha decidido em casa, onde nem celular pega. Uma graça. Bem no alto, no meio do mato. Araucárias por todos os lados.
Já instalada, rumo ao centro de Cunha. Igrejinhas e pessoas que me olham como se eu fosse de outro planeta. Tempo nublado. Chego à conclusão de que chá gelado em garrafa é conhecido apenas dos paulistanos. Não encontro. Fico na lata mesmo. Por outro lado encontro Coca-cola em garrafa de vidro de 1 litro. Retornável. “Com o casco é R$ 2,30”. Levo para casa, como um souvenir. Uma cachorrinha me faz festa.
No Mercado Municipal mini ferros a carvão são vendidos a preço de franco suíço. Na esquina “seu” Zé Lourenço, sob a sombra de seu chapéu, escuta música de um rádio que segura no colo. Com um sorriso e uma pose aceita ser fotografado. “Mas vai queimar a chapa, fia”.
Depois de uma hora passando pelos mesmos lugares já ando na cidade de olhos fechados. Povo extremamente simpático e conversador.
Chego à conclusão de que o segundo nome de Cunha poderia muito bem ser “Fuscalândia”, dado o número absurdamente grande deste veículo “moderno”. Em apenas uma foto consigo captar sete! Sim, não estou mentindo! “Do total de 4.000 carros existentes na cidade, mais de 2.800 são Fusca, segundo estatística do Detran”, me informa uma interessada garota assim que questionei o bizarro fato ao atendente de um café.
Chuva e vento forte “alagam” meus planos para o dia seguinte. A temperatura cai. Abasteço meu carro em um posto que, sem o menor pudor, me cobra R$ 2,59 por um litro de gasolina. Escurece. A cidade está vazia. Retorno à pousada por uma estrada totalmente escura.
Conheço a Cláudia, moça simpaticíssima que cuida da pousada, e que me surpreende com uma canja caseira quentinha levada diretamente ao chalé. Banho maravilhoso ao som de sapos e grilos.
Escrevo embaixo de uma coberta quentinha e coloco a minha leitura em dia enquanto o incenso vai queimando no meu incensário improvisado. Sim, espetei o incenso em um sabonete. Hahahaha Criativo, eu sei. Outra vez “criei” um com uma garrafa de água e um canivete.

Inté!


www.cunhatur.com.br

18 de setembro de 2006

OFF LINE

Bom, é isso aí mesmo. Ficarei um pouco off line. Por alguns (poucos, infelizmente) dias sairei de cena. Celular desligado, computador a quilômetros de distância, ninguém por perto. Só a natureza e eu.
Estou precisando muito disso. Vcs não têm idéia do quanto! E sei que vai me fazer muito bem.

Um grande beijo e “inté” a volta.

MAIS UMA FRASE DO DIA

O melhor da festa é esperar por ela.

Inté!

15 de setembro de 2006

RESPEITAR

Um sujeito estava colocando flores no túmulo de um parente, quando vê um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado.
Ele se vira para o chinês e pergunta:
- Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o seu defunto virá comer o arroz?
E o chinês responde:
- Sim, e geralmente na mesma hora que o seu vem cheirar as flores!!!

"RESPEITAR AS OPÇÕES DO OUTRO, EM QUALQUER ASPECTO, É UMA DAS MAIORES VIRTUDES QUE UM SER HUMANO PODE TER. AS PESSOAS SÃO DIFERENTES, AGEM DIFERENTE, E PENSAM DIFERENTE. NUNCA JULGUE. APENAS COMPREENDA!!"

9 de setembro de 2006

ALGUÉM FALOU COMIGO?

Em um momento em que muita coisa realmente não importa, aqui estou eu. Muda a muitos ouvidos, invisível a muitos olhos. Mas também valendo-me do direito de ser surda. Habituada a conversar com meus próprios pensamentos, a ser ouvinte de mim mesma.
Mediadora no conflito entre a cama quente – em uma casa ruidosa – e o dia bonito de presente lá fora, entro no carro decidida a abandonar de vez o velho hábito de esperar pelos outros.
A cidade me abraça, me acolhe. Ao mesmo tempo testemunha e palco da minha história.
A idéia inicial era comer um pedaço de bolo no Café do Pateo, mas o museu me “sugou” rapidamente. Museu do Anchieta. Visita monitorada. Não sou fã dos jesuítas. Aliás poderia escrever várias linhas de propaganda negativa. Mas apenas mencione qualquer coisa da história de São Paulo e terá a minha atenção por horas.
Em meio a esculturas, pinturas e pias batismais descubro onde passarei boa parte do meu tempo livre: uma pequena biblioteca que reúne obras sobre a história da cidade. É aqui que a amante da terra da garoa (Garoa? Que garoa? Isso ficou na minha infância) vai se enfurnar. Estranha? Digam o que quiserem. Já estou mais do que acostumada.
A visita termina uma hora depois e o café não oferece mais nada. Tudo bem.
Vou ao bom e velho Girondino. E é aqui, com o “tão Roberta” chá preto, que escuto o sino da São Bento e escrevo essas linhas.

Inté!

8 de setembro de 2006

UM DIA NA ITÁLIA (SEIS ANOS ATRÁS)

“Rimini, 8 de setembro de 2000.

Hoje me rebelei, resolvi não assistir a aula de manhã. As meninas desceram para tomar café e eu fiquei na cama. O paraíso durou pouco. Logo me ligaram da recepção me chamando para o café e para aula. Disse que não estava bem e voltei para a cama. Alguns minutos depois bateram na porta. Era a camareira. Pedi que voltasse mais tarde. Um pouco depois resolvi levantar. Estava no banheiro quando o telefone começou a tocar. Non ci credo! Será que não podem me deixar em paz? Era o Martino perguntando se eu não iria à aula. O jeito foi descer, né? Na aula lemos um trecho da Divina Comédia. (...)

Almoçamos. Já estou conseguindo diminuir a comida. Hoje nem tomei café. Tivemos um pouquinho de folga. (...)
Pegamos o pullman e fomos para San Marino. Que lugar maravilhoso! O máximo! (...)
A vista é demais. A gente fica acostumada com as paisagens do Brasil e acha que não tem mais nada diferente no mundo. Ledo engano! Depois um albanês começou a puxar papo e não desgrudou mais. Confesso que fiquei preocupada. (...)
Disse que estava em Rimini e ofereceu a sua casa. Mais adiante me perguntou se era casada. Disse que sim.(...)
Chegamos no hotel e logo fomos jantar. Comi só melão com prosciuto e um pêssego, sem deixar de lado o vinho. Aliás, estou tomando vinho no almoço e na janta. Das duas uma: ou volto para casa bêbada ou me acostumo pra sempre a tomar vinho. (...)
Os cabelos das mulheres são iguais. Todos com cor de cobre. Muito engraçado. Parece aqueles desfiles todos cheios de estilo que a gente vê na televisão.”



Essa é a nossa bagunça, ou melhor, nosso quarto em Rimini.


Que saudade! Inté!

6 de setembro de 2006

NOVA CAMPANHA

Diga NÃO à desculpa esfarrapada!

5 de setembro de 2006

BOM. MUITO BOM!

Trabalha muito.
Com, finalmente, boa vontade ao redor consegue acabar o serviço no horário.
Chega mais cedo em casa.
Friends no DVD.
Amanhece.
Como é difícil sair da cama!
Tão quentinha.
Serviços de casa.
Amélia.
Locadora.
É melhor garantir.
Vai que não sai.
Sempre pode-se ficar no sofá, quentinha, vendo filme.
O filme fica na sacolinha.
Entra no carro.
Trânsito, trânsito, trânsito.
São Paulo é maravilhosa, mas judia de vez em quando, não?
Enquanto isso telefona para a amiga e mata saudades.
Bom papo.
Tudo se encaixa.
Vinda a São Paulo. Dia de folga.
E todos os minutos serão aproveitados.
Desliga o telefone.
Trânsito, trânsito.
Opa! Caminho alternativo que salva a noite.
Av. Paulista.
Olá. Abraço.
“Vc não mudou nada.”
Chá quente. Pão de batata.
Ótima conversa.
Idéias em comum, conhecimentos em comum.
Troca de figurinhas. Fantásticas informações.
Se os pontos bons superam os ruins, então ótimo.
Ansiedade e vontade de adiantar o relógio.
Não, as coisas acontecem quando têm que acontecer.
Opiniões que confirmam opiniões.
Nostalgia.
Muita conversa.
Excelente conversa.
Infelizmente o estacionamento fecha às 22h00. Hora de ir.
Mais um pouquinho de papo enquanto as luzes do estacionamento são apagadas.
Volta para casa na metade do tempo.
Outra amiga no telefone, que aproveita para dar as boas novas. Parabéns!
Felicidades no novo/antigo emprego e outras coisinhas...
Agora sim o DVD sai da sacolinha.

Boa noite.

Inté!

4 de setembro de 2006

...

I walk a lonely road
The only one that I have ever known
Don't know where it goes
But it's home to me and I walk alone
I walk this empty street
On the boulevard of broken dreams
Where the city sleeps
And I'm the only one and I walk alone
I walk alone I walk alone
I walk alone I walk alone
My shadow's the only one that walks beside me
My shallow heart is the only thing that's beating
Sometimes I wish someone out there will find me
Till then I walk alone

I'm walking down the line
That divides me somewhere in my mind
On the border line of the edge
And where I walk alone
Read between the lines of what's
Fucked up and everything’s all right
Check my vital signs to know I'm still alive
And I walk alone
I walk alone I walk alone
I walk alone I walk alone

"Boulevard of broken dreams" - Green Day

1 de setembro de 2006

O TEMPO

Ontem, enquanto trabalhava, me veio algo à cabeça. Ontem faria dois anos de namoro com o... o.... o... Quem mesmo? Ah, o Rafael. O tempo passa rápido demais, não? Assustador.
A gente faz planos e quando vai ver a vida se encarrega de mudar tudo (muitas vezes para melhor).
Esse doido, também chamado de tempo, é uma das coisas que mais respeito. Muitas vezes fez da minha vida uma grande sala de espera, mas em muitas outras curou certas coisas - deixando cicatrizes, sim - mas com uma maestria inigualável.

Inté!