9 de setembro de 2006

ALGUÉM FALOU COMIGO?

Em um momento em que muita coisa realmente não importa, aqui estou eu. Muda a muitos ouvidos, invisível a muitos olhos. Mas também valendo-me do direito de ser surda. Habituada a conversar com meus próprios pensamentos, a ser ouvinte de mim mesma.
Mediadora no conflito entre a cama quente – em uma casa ruidosa – e o dia bonito de presente lá fora, entro no carro decidida a abandonar de vez o velho hábito de esperar pelos outros.
A cidade me abraça, me acolhe. Ao mesmo tempo testemunha e palco da minha história.
A idéia inicial era comer um pedaço de bolo no Café do Pateo, mas o museu me “sugou” rapidamente. Museu do Anchieta. Visita monitorada. Não sou fã dos jesuítas. Aliás poderia escrever várias linhas de propaganda negativa. Mas apenas mencione qualquer coisa da história de São Paulo e terá a minha atenção por horas.
Em meio a esculturas, pinturas e pias batismais descubro onde passarei boa parte do meu tempo livre: uma pequena biblioteca que reúne obras sobre a história da cidade. É aqui que a amante da terra da garoa (Garoa? Que garoa? Isso ficou na minha infância) vai se enfurnar. Estranha? Digam o que quiserem. Já estou mais do que acostumada.
A visita termina uma hora depois e o café não oferece mais nada. Tudo bem.
Vou ao bom e velho Girondino. E é aqui, com o “tão Roberta” chá preto, que escuto o sino da São Bento e escrevo essas linhas.

Inté!

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Nossaaaaa me vi sentada com vc na mesa do Girondino...

Beijao!

11 setembro, 2006 11:23  

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