DE CARA NO CHÃO
Vai trabalhar feliz porque está pagando pela última troca de folga.
E sabe que a vida vai voltar ao normal.
Nem se incomoda em ter de começar o expediente às 8h00 da manhã.
Já está cheia de planos para a hora que for embora.
Sai do serviço toda feliz.
Vai passar em três lojas.
Quer acabar de vez com as pombas que insistem em morar na varanda.
Para isso precisa comprar algumas coisas.
O dia está lindo. O céu azul.
Está quase chegando na primeira loja quando torce o pé do nada e começa a cair.
Aquele momento dura uma eternidade e acha que vai conseguir escapar do tombo.
Contra tudo aquilo que imaginava e esperava, vai de frente ao chão e depois de costas.
Estava de joelheiras? Não, de shorts.
Rala toda a perna e o joelho fica em carne viva.
Espera que alguém venha ajudar.
O mundo continua a rodar como se nada tivesse acontecido e ninguém aparece.
Limpa um pouco o estrago e sai andando, sangrando.
Entra no banheiro da próxima lanchonete e espera o sangue estancar.
Teimosa, vai a todas as lojas que estavam nos planos.
"Ninguém vai tirar isso de mim!", diz a si mesma.
Compra algumas coisas.
Anda cheia de sacolas.
Espera o ônibus.
Entra mancando.
Está a quilometros de casa.
A mulher do banco da frente olha insistentemente para o joelho.
Oferece um lenço de papel. "Está sangrando, moça".
Tampa tudo com o lenço da simpática mulher.
Pára na farmácia. Compra curativos.
Pergunta à balconista: "Eles arrumam isso?"
Pega o metrô. Depois outro metrô.
Anda três quarteirões, até chegar em casa.
Toma um banho e tudo arde.
Passa tudo o que pode na esperança de que cicatrize em quatro minutos.
Vê que milagres não existem e vai dormir.
Sim, esse foi meu 28 de agosto.
Inté!
E sabe que a vida vai voltar ao normal.
Nem se incomoda em ter de começar o expediente às 8h00 da manhã.
Já está cheia de planos para a hora que for embora.
Sai do serviço toda feliz.
Vai passar em três lojas.
Quer acabar de vez com as pombas que insistem em morar na varanda.
Para isso precisa comprar algumas coisas.
O dia está lindo. O céu azul.
Está quase chegando na primeira loja quando torce o pé do nada e começa a cair.
Aquele momento dura uma eternidade e acha que vai conseguir escapar do tombo.
Contra tudo aquilo que imaginava e esperava, vai de frente ao chão e depois de costas.
Estava de joelheiras? Não, de shorts.
Rala toda a perna e o joelho fica em carne viva.
Espera que alguém venha ajudar.
O mundo continua a rodar como se nada tivesse acontecido e ninguém aparece.
Limpa um pouco o estrago e sai andando, sangrando.
Entra no banheiro da próxima lanchonete e espera o sangue estancar.
Teimosa, vai a todas as lojas que estavam nos planos.
"Ninguém vai tirar isso de mim!", diz a si mesma.
Compra algumas coisas.
Anda cheia de sacolas.
Espera o ônibus.
Entra mancando.
Está a quilometros de casa.
A mulher do banco da frente olha insistentemente para o joelho.
Oferece um lenço de papel. "Está sangrando, moça".
Tampa tudo com o lenço da simpática mulher.
Pára na farmácia. Compra curativos.
Pergunta à balconista: "Eles arrumam isso?"
Pega o metrô. Depois outro metrô.
Anda três quarteirões, até chegar em casa.
Toma um banho e tudo arde.
Passa tudo o que pode na esperança de que cicatrize em quatro minutos.
Vê que milagres não existem e vai dormir.
Sim, esse foi meu 28 de agosto.
Inté!
4 Comments:
Ehh Rô, não creio... tadinha... mas e agora, tá melhor? Espero que sim... e que teimosa heim... rs
Me lembra alguém.. hahaha
um bjao
Caramba, que sufoco heim?
Mas o pessoal não querer ajudar é um fato mais ou menos comum em grandes cidades. Acho que se tivesse acontecido o mesmo aqui em São Paulo o resultado não teria sido diferente.
Espero que seu joelho já esteja legal.
Um forte abraço
Qdo eu li a parte do 'ficou em carne viva' senti minha barriga gelar... e talvez se eu estivesse junto com vc teria vomitado/desmaiado. Sim, eu sou sensível em relação a isso.
Pqp, que foda, meu. Tá melhor???
=S
Meu Deus, q cena !!!!
Imagina a cara da mulher no ônibus !!!!
kkkkkkkkkkk
Postar um comentário
Comentarios anonimos nao serao aceitos. Obrigada! :)
<< Home