12 de julho de 2007

PEQUENOS DETALHES

Olá!
Puxa, achei que conseguiria escrever antes. Bom, também achei que teria um pouco de sossego e nada disso aconteceu.

Mudança dá trabalho. Me lembro de quando fui ao correio para enviar meus documentos e dar entrada no processo para pedir o visto. Estava começando a me recuperar de uma das piores fases da minha vida. Decidir ir embora depois de ter sido iludida por uma pessoa que dizia ter interesses em comum quando, na verdade, só pensava em si mesmo foi uma tarefa árdua. Depois disso a conversa com a minha família. E o processo continuou. Documentos, documentos, aulas de francês, entrevista em francês, mais documentos, pagamentos, diplomas, exames médicos (Tenho mesmo que mandar para Trinidad e Tobago? Que coisa estranha...), sigilo diante de quase todo mundo, planos, expectativas, decepções, demissão. Pessoas que sumiram, pessoas que apareceram na melhor hora possível. Família. Amigos.

Depois de muito tempo – mais de um ano, eu diria – meus pais começam a aceitar a idéia, mas ainda não concordam. É duro não poder compartilhar disso tudo com as pessoas. É duro ter que cuidar das coisas praticamente sozinha. Agradeço todos os dias por minha mãe finalmente se envolver no “projeto” e me ajudar pratica, psicologica e espiritualmente em tudo.

Agora me vejo aproveitando absolutamente todos os segundos. Agora entendo exatamente o que é aproveitar o dia como se fosse o último. Quero ver toda a minha família, todos os meus amigos, tudo. Na medida do possível (re)visito lugares, como coisas que não terei lá, tiro muitas fotos, passeio por todos os cantos, visito pessoas, vou ao teatro, ao cinema, abraço muito meus gatos, almoço com um, janto com outro. E ainda não subi no meu telhado. Guardo na memória todos os bons momentos que venho passando e presto atenção a pequenos detalhes que antes passavam despercebidos. Cheiros, vozes, cores, sensações...

E sei que tudo vai dar certo, que vai ser melhor, que vai me realizar, que vou crescer (e apanhar também, por que não). Nova fase. Não é fácil, mas é imprescindível.

Inté!

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