2 de outubro de 2006

DIA No 2

(A falta que um jipe faz e o cachorrinho abandonado)


Antes das 6h00 da manhã já estou acordada, ao som de passarinhos, mas cochilo de novo. Café da manhã reforçado, com direito a pão de queijo e tudo mais. Hora de colocar o carro na estrada, de novo.
Primeiro uma parada na Cachoeira do Mato Limpo, na beira da estrada. E dá-lhe terra. Estaciono o carro na “porteira” de Furnas e começo a caminhada até a Pedra da Marcela / Macela (cada um diz de um jeito). O fato de o caminho ser uma estrada anima só no começo. Logo vc se depara com um caminho absurdamente íngreme (uns 45º) e sinuoso e vê que o cimento não serve para muita coisa. Coração na boca, o corpo pedindo um terceiro pulmão e o topo que não chega nunca. Subir de costas ajuda um pouco. 50 minutos depois, lá estou eu. A promessa de ver Paraty e Angra lá de cima não se cumpre. Céu completamente fechado. O vento forte e a possibilidade de tudo virar uma névoa só fazem com que eu fique lá em cima por pouco tempo. A descida cobra mais do joelho e se mostra tão difícil quanto a subida. Finalmente estou de novo no carro, esgotadíssima.
Visito o Monumento a Paulo Virgínio, que morreu de uma forma terrível ao defender Cunha nos anos 30. Volto à cidade. Almoço? Uma garrafa d’água e uma barra de cereais. Sigo por outra estrada de terra em direção à Cachoeira dos Pimentas. Estrada cheia de curvas. Minha bússola (sim, eu carrego instrumentos antigos) começa a se sentir um relógio de tanto que seu ponteiro gira. Cachoeira interessante.
No retorno um cachorrinho, que devia ter uns 2 meses no máximo, vem em direção ao meu carro, abanando o rabo. Paro e brinco com ele. Dou um pouco de salgadinho e água na tampinha da garrafa. A idéia de deixá-lo na estrada corta meu coração. O que faço? Cachorrinho chorando de fora do carro e eu, aos prantos, do lado de dentro. Tento convencer um cavaleiro que passa a levá-lo, mas não funciona. Vou entrando, então, em uma propriedade e deixo meu amiguinho com um punhado de salgadinho perto da porta da casa. Ao lado outro cachorro abana o rabo e parece bem tratado. Fico mais sossegada e sigo meu caminho.
















Rápida parada na cidade para uma vitamina. Coloco mais uma vez gasolina, já que a bóia do carro quebrou e não faço idéia de quantos litros ainda tenho. Corro para a pousada a tempo para o pôr-do-sol. Decido ficar mais um dia. Banho revigorante e descanso no sofá. Quando saio para jantar de presente um céu estrelado. Caldo verde feito por Cláudia. Delícia. A névoa volta, envolve o lugar e antes das 21h00 já estou de volta ao chalé. Que frio! Hora de descansar e rezar para que meu amiguinho esteja bem.

Inté!

(Obs.: A qualidade das fotos está baixa porque ainda não consegui arrumar meu scanner e estou usando a webcam para fotografar as fotos)


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